Foi com grande encantamento que me deixei levar pelas histórias destes dois antigos baleeiros, num café da Calheta de Nesquim: o Sr. Almerindo e o Sr Trindade.
O desenho foi-se construindo entre algumas imperiais, devagar, a passo e passo, a par dum imaginário enriquecido pelas recordações da baleação que foram surgindo, puxadas com muita arte pelo Sr. Furtado, emigrante nos Estados Unidos, que nos quis presentear com as histórias dos seus amigos baleeiros, que já conhece de cór mas que gosta de exibir, com um brilho nos olhos.
"Naquele tempo havia muita pobreza e a baleação era o único sustento das famílias. Agora é fácil falar- diz referindo-se aqueles que hoje criticam os antigos baleeiros -mas eram tempos muito duros..."
É difícil imaginar a árdua vida de várias gerações que, só tendo o mar e as baleias, precisavam de enfrentar imponentes colossos, dentro dum pequeno bote no meio do oceano.
Orgulhosamente, o senhor Almerindo - que foi afinal um lindo homem, igual ao Gregory Peck! - levou-nos à sua arrecadação onde, como num museu, guarda toda a herança material do seu passado na faina baleeira: os instrumentos, os barcos, os prémios, e os artigos sobre ele escritos em diversas publicações, desde o jornal regional ("Almerindo Lemos emigrou para os USA mas o seu coração está no Pico") ao National Geographic!
A sua peça preferida é o tripé para a vigia das baleias e é ali sentado que, depois de mimar o movimento corporal outrora tantas vezes feito, fica a contar intermináveis e maravilhosas histórias dos longinquos tempos da sua juventude.
Do desenho, gostou muito e, no dia seguinte, pediu-mo para o mostrar aos amigos do café.
O desenho foi-se construindo entre algumas imperiais, devagar, a passo e passo, a par dum imaginário enriquecido pelas recordações da baleação que foram surgindo, puxadas com muita arte pelo Sr. Furtado, emigrante nos Estados Unidos, que nos quis presentear com as histórias dos seus amigos baleeiros, que já conhece de cór mas que gosta de exibir, com um brilho nos olhos.
"Naquele tempo havia muita pobreza e a baleação era o único sustento das famílias. Agora é fácil falar- diz referindo-se aqueles que hoje criticam os antigos baleeiros -mas eram tempos muito duros..."
É difícil imaginar a árdua vida de várias gerações que, só tendo o mar e as baleias, precisavam de enfrentar imponentes colossos, dentro dum pequeno bote no meio do oceano.
Orgulhosamente, o senhor Almerindo - que foi afinal um lindo homem, igual ao Gregory Peck! - levou-nos à sua arrecadação onde, como num museu, guarda toda a herança material do seu passado na faina baleeira: os instrumentos, os barcos, os prémios, e os artigos sobre ele escritos em diversas publicações, desde o jornal regional ("Almerindo Lemos emigrou para os USA mas o seu coração está no Pico") ao National Geographic!
A sua peça preferida é o tripé para a vigia das baleias e é ali sentado que, depois de mimar o movimento corporal outrora tantas vezes feito, fica a contar intermináveis e maravilhosas histórias dos longinquos tempos da sua juventude.
Do desenho, gostou muito e, no dia seguinte, pediu-mo para o mostrar aos amigos do café.
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