Jantar Comunitário - Os Voluntários

    Entre convidados e voluntários  chegam a juntar-se na sala cerca de 250 pessoas.
Os voluntários  são os que permitem, com o seu trabalho, que tudo isto aconteça.
Aqui, voluntários atentos, ouvem o briefing que lhes é dado antes de jantar.


 Uma voluntária, espera que alguém se sente à sua mesa. Pode ser um sem-abrigo, um toxicodependente, ou apenas alguém que vive isolado. Parece um pouco ansiosa. De facto, fazer com que alguém se sinta pessoa, nem sempre é tão fácil quanto parece...

Aqui, alguns dos muitos rapazes  que trabalharam  na cozinha no dia em que estivemos presentes

Jantar no Serve The City

Explicaram-nos que os jantares no Serve The City , mais do que jantares, são encontros  entre pessoas que vivem separadas por linhas invisíveis na cidade, mas que ali são companheiros de mesa e de vida. Habituámo-nos a conhecer os do lado de lá da linha pelas suas necessidades; estes jantares, são oportunidades de os conhecermos pelo nome. Cheguei cedo, e fiquei no carro. Chovia e estava frio, e as pessoas  que iam chegando abrigavam-se debaixo do alpendre. Cumprimentavam-se, brincavam uns com os outros, mostrando  já conhecer-se, senão doutros sítios, pelo menos dali. Apesar do ambiente bem disposto, alguns isolavam-se, mais taciturnos e silenciosos. Fiz vários desenhos ao longo da noite. Estes, cá fora, foram os primeiros.




Azenhas do mar

Não há mês que não oiça a frase : " Pois... só as Azenhas é que não desenhas!".  E eu :"Ó mãe, isso é impossível de desenhar!". Até que  a minha mãe viu um desenho do Eduardo Salavisa e disse triunfante: "Vês? Não é impossível!". "Ok, claro: não é impossível para alguns - disse eu - mas para mim é!" Só que  ficou tão zangada, que lá lhe fiz a vontade.
Eu avisei que era impossível...



Sesta comunitária de Páscoa

A seguir a um almoço de Páscoa de família, nas Azenhas do Mar, tiveram todos (ou quase) a ideia  de se deitarem ao ar livre a apanhar sol. Os primeiros tiveram lugar na relva, os mais atrasados tiveram que ficar pela tijoleira...Não faltaram as mantinhas azuis claras do Ikea para aquecer os mais velhotes.
Eu cá encostei-me a um pilar e, de caneta na mão, diverti-me à grande, com aquela espécie de plantação multi-idades.
 Não couberam todos mas, como dizia a minha avó , "o que conta é a intenção" :))

Sardoal

Sardoal é a terra do meu pai. Inacreditavelmente só lá fui uma vez, e foi no sábado. Ia cheia de vontade de desenhar porque imaginava que seria uma bonita terra. E é de facto! Tem bonitas ruas de casas brancas com faixas coloridas, muitas vezes amarelas, e de chão calcetado com seixos polidos multicolores, retirados do rio Além disso estava enfeitada para a Páscoa, com panos de cetim roxo nas janelas e tapetes de flores nas igrejas. Por azar, choveu todo o tempo que lá estive, e foi impossível desenhar...Apesar disso fiz uns esbocitos a lápis que depois pintei em casa, só para ficar com uma recordação. Afinal, não é todos os dias que visitamos lugares onde temos raízes:)



Não há Abrantes sem Sta Isabel!

O restaurante Sta. Isabel é sempre bom, mas num dia de chuva como sábado, melhor ainda!

E agora o  desenho do Manel Sacadura
Obrigada aos meus amigos 
que me fizeram companhia!

Abrantes

Sábado fui a Abrantes. Que emoção ver ali, ao vivo, em livros e em cadernos, desenhos que conheço dos blogues dos seus autores e que tanto admiro! Apetecia-me ficar horas a olhar para os cadernos do Javier de Blás ...Tão lindos!
No caminho, parei no Sardoal, a terra do meu pai, lindíssima e que não conhecia, e que estava enfeitada de roxo por ser Páscoa. Que belo dia!

    Um desenho para relembrar algumas das coisas boas que por lá vi. Só algumas ...:)
   ( Daqui, meu, só mesmo a janela do Sardoal!)
E uma recordação para mim. . Obrigada Eduardo, por este convite!!

Eh pá Luís, pára lá um bocadinho!

Esta é, entre outras, uma das frases que mais se ouve cá em casa cada vez que me apetece desenhar algum dos meus filhos nas suas  actividades! Também podia ser "vá lá, não sejas chato, a sério, é muito rápido" ou "importas-te de pôr as pernas como tinhas à bocado?" ... Mas não me ligam nenhuma, e o resultado está à vista :)

Aleluia, hoje é dia de Bela! :)


I Wash, Oeiras

Enquanto a roupa lava...

Montemor by night

Depois de jantar, em Montemor, desenha-se conversa-se e ouve-se a música que alguns tocam. Tudo à volta da lareira, que o frio é insuportável...

Merecido descanso!


Monte

É podre, é frio,é velho e tem salitre nas paredes...mas está-se lá muito bem !
Aqui, as traseiras e a vista do alpendre, onde há sempre alguém a ler e a aproveitar os preciosos raios de sol!



Em Évora, com os UskE

   Em Évora, com os UskÉ e não só, esteve-se muito bem. Muita conversa, algum desenho, mas     sempre muita, muita  chuva !  Aqui, a Ana, o Mário Crispim, a Rita e a Mónia desenham concentradíssimos, a Maria Celeste está submersa em pauzinhos e tinta da china e o Nelson e o Vicente conversam em tom de conspiração :)


    Para fugir ao mau tempo, e devolver o sangue às mãos (ah, maldito Sindrome de Raynaud!) , nada como um chá quentinho no café  Arcada, ( onde se vêem os pasteleiros a trabalhar nas janelas). Foi a primeira vez que aqui entrei, mas algo me diz que este café já foi muito mais bonito do que é agora.
Seja como fôr, foi muito bom vir a Évora. Obrigada aos evorenses!

"Tantas vezes a candeia vai à fonte...

...que não sei quê, não sei quê"! :) Basicamente: tantas caras hei-de desenhar que um dia hei-de aprender!
(estas, hoje, na Padaria Portuguesa de Miraflores)

Lido

Passei pela primeira vez neste edifício abandonado. Alguma coisa nele me fez parar e fazer a sequência de   piscas, inversão de marcha, uma voltinha a observar,  escolher lugar e estacionar.
Fiquei por ali algum tempo, mais do que tinha pensado, pois eram muitas as janelas e os vidros, os inteiros, os partidos, os tijolos, as Tag's e as letras. Estava eu a perguntar-me porque  teria escolhido este sítio para desenhar, se nunca ali tinha estado e aquilo nada me dizia, quando ouvi uma senhora, dizer a outra : "Cada vez que aqui passo e olho para este edifício dá-me cá uma tristeza..." Percebi então porque tanto o quis desenhar.

Liceu Pedro Nunes, 12 de Março 2016 , 2ª Assembleia Geral USKP

Boa Sorte :)
(o papel, é a procuração da Fernanda Lamelas)

Cheira a férias

Começa o sol. Aproxima-se, ainda que muito ao longe, a possibilidade de férias! Sente-se um distante cheiro a viagens e começo a ficar inquieta. Decidir o destino, é o ponto de partida para todas as fantasias, todas as esperanças, todo um trabalho de pesquisa, de leitura, de contas, de organização...A viagem ao Rajastão deixou espaço e vontade para conhecer melhor a India. Talvez o sul, desta vez. Está decidido então: Kerala e Tamil Nadu . Agora é esperar, pacientemente e ir viajando doutras formas.  Treinar desenhos rápidos sobre  fotografias é uma delas.(aqui sobre fotos tiradas em 2013, a caminho de Jaiselmer.)


Benditas sextas-feiras (ou "aquela bruxa ali sou eu"?)

6ª feira. Fim da semana. Finalmente podemos baixar a guarda, deixar de andar ao ritmo das obrigações e entrar no registo prazenteiro e doce do fim de semana. Gosto quando começa assim, com um jantar de amigos, ora cá, ora lá. Vão chegando a pouco e pouco, ai que estou tão cansada, serve-se um copo de vinho, chega o próximo, o que fazem amanhã? Uns trazem queijo, outros pão, que bom, adoro esse  doce, e vem mais um que eh pá, apanhou imenso trânsito Petisca-se daqui e dali, contam-se peripécias, parvas, sérias, tanto faz...Umas vezes há um filho, outras vezes há muitos, outras não há nenhum. Quando há, eles alinham. Riem-se connosco e de nós e ainda se divertem antes de ir à vida deles. Gosto de acabar com um desenho, mas não sei fazer pessoas. Querem ver. Reclamam. Estão muito feios. Aquela bruxa ali sou eu? Mas riem-se, acham piada. E assim vai ser outra vez, porque hoje é sexta-feira.
'Bora jantar em Caxias?






A Casa da Maria Otília

Queixo-me constantemente da desarrumação de livros e jornais na minha casa! Mas, (Aleluia !) há piores :D . Impossível não registar!

A ver quem passa


Sindrome de abstinência

Ontem tive que fazer tempo durante uma hora. Tirei o caderno da mala, e...não tinha nem uma caneta.!Senti-me em sindrome de abstinência!Uma hora, sem canerta...Ui...não vou aguentar :) Mas, no fundo da mala, descobri a caixa de aguarelas e um pincel d'água. E assim passei uma hora:
- Um casal apaixonado
- Um senhor indeciso
- Um francês constipado
- E uma senhora indignada
(As letras, pus em casa)



Aeroporto

Ontem fui buscar o Pedro ao aeroporto. E este é o único sítio onde se consegue parar o carro sem que dez polícias nos caiam logo em cima...É feio, ficou feio, mas tirei-lhe a cor e gostei mais. Teria ficado bem melhor assim. Que mania, a de pôr sempre cor :(