Ah! Tás igual !
"Ah! Tás igual" é a frase que mais se ouve sempre que se encontram pessoas não se vêm há muito tempo! Não é troca de galhardetes; é a constatação de que, na essência, as pessoas não mudam. E ainda bem.
Foi o que aconteceu ontem, no jantar de amigos do ISPA, no 2Good, no Restelo. Pois é...81/86! Credo! ...Não é possível :)
Viúvos e afins
Desenhar o que de algum modo me impressiona.
Velhotes sózinhos, em centros Comerciais, a ler jornais que encontram esquecidos pelas mesas, para fazer tempo até à hora do almoço, seja lá o que isso for. Impressionam-me acima de tudo os viúvos, cujas nódoas nas calças e botões caídos dos casacos denunciam o seu estado civil.
Mas também me impressiona um certo tipo de velhas - não as gaiteiras, que essas parecem felizes. São aquelas muito velhas, que renegam a idade e renunciam as rugas e que se vestem como muito novas. Usam saltos muito altos e esborratam a boca com baton. Cheiram a mofo ou a naftalina. São baças, tristes e frequentemente magrinhas. Vistas de trás parecem patéticas Barbies.
Como esta senhora, com um casaco feito de uma espécie de penas de avestruz .
Velhotes sózinhos, em centros Comerciais, a ler jornais que encontram esquecidos pelas mesas, para fazer tempo até à hora do almoço, seja lá o que isso for. Impressionam-me acima de tudo os viúvos, cujas nódoas nas calças e botões caídos dos casacos denunciam o seu estado civil.
Mas também me impressiona um certo tipo de velhas - não as gaiteiras, que essas parecem felizes. São aquelas muito velhas, que renegam a idade e renunciam as rugas e que se vestem como muito novas. Usam saltos muito altos e esborratam a boca com baton. Cheiram a mofo ou a naftalina. São baças, tristes e frequentemente magrinhas. Vistas de trás parecem patéticas Barbies.
Como esta senhora, com um casaco feito de uma espécie de penas de avestruz .
Vicious!
Bem vindo à bolha :)
Ao fim da manhã é grande a azáfama na sala de jantar do Ritz. As mesas devem estar criteriosamente postas, tudo tem que estar no seu devido lugar. Dão-se as últimas instruções sobre a ementa, o que é importante explicar em cada prato, o que se deve perguntar sobre a forma como cada cliente quer o seu. Os empregados - muitos! - movem-se silenciosamente como num bailado, num ritmo cadenciado, sorridentes, bem vestidos, impecavelmente penteados e barbeados. Muitos deles são novinhos, provavelmente acabados de sair de uma escola de hotelaria e respiram felicidade. Parece outro mundo. E é agradável. Bem vindo à bolha!
O meu escritório é no Ritz
Esperava ver um hotel cheio de turistas ricos, ou melhor muito ricos, que vem visitar Lisboa numa espécie de turismo de elites.
Mas não. Curiosamente, pela manhã, vêem-se no lindíssimo Ritz dezenas de homens formalmente vestidos, que se espalham com os seus computadores, ipads e iphones pelos elegantes sofás. E falam alto, promovem serviços, propõem negócios, agendam jantares! Adivinho em tudo isto um colorido artificial, como se muitos deles estivessem apenas a representar um papel - o papel do homem de negócios de sucesso. São personagens que, duma forma um pouco maníaca e quase delirante, parecem apoderar-se deste espaço como sendo seu - o seu escritório!- e aos quais a elegância e o glamour do ambiente lhes parecem emprestar uma auréola de grandiosidade que alimenta as suas fantasias de sucesso, triunfo e glória!
Ou talvez não seja nada disto...:)
Mas não. Curiosamente, pela manhã, vêem-se no lindíssimo Ritz dezenas de homens formalmente vestidos, que se espalham com os seus computadores, ipads e iphones pelos elegantes sofás. E falam alto, promovem serviços, propõem negócios, agendam jantares! Adivinho em tudo isto um colorido artificial, como se muitos deles estivessem apenas a representar um papel - o papel do homem de negócios de sucesso. São personagens que, duma forma um pouco maníaca e quase delirante, parecem apoderar-se deste espaço como sendo seu - o seu escritório!- e aos quais a elegância e o glamour do ambiente lhes parecem emprestar uma auréola de grandiosidade que alimenta as suas fantasias de sucesso, triunfo e glória!
Ou talvez não seja nada disto...:)
É preciso ter lata ! ( Ritz Four Seasons)
Ter lata é uma atitude a que muitas vezes atribuimos um sentido prejurativo, que envolve alguma falta de respeito, atrevimento, descaramento, abuso ou, como diria o Eça, "topete".
Mas, se há coisa que tenho aprendido é que ter lata, também pode ser positivo!
Ter lata pode significar ter a ousadia de não desperdiçar, por falta dela, oportunidades únicas com que nos vamos deparando.
Foi por ter lata que, aos 20 e poucos anos, o João Pedro foi ter com o Fonseca e Costa, que não conhecia, e acabou a trabalhar no Kilas, o Mau da Fita; foi por ter lata que se apresentou ao Fernando Lopes, nos anos 80, e fez A Crónica dos Bons Malandros; foi por ter lata que mandou uma carta ao Fellini e acabou a estagiar com ele no E LA NAVE VA. E por aqui fora...
E porque me estou a lembrar de tudo isto??? :)
Porque constatei que se calhar não posso ir ao Encontro no Ritz, e achei que não podia perder esta oportunidade fantástica! Não é todos os dias que se pode desenhar num espaço lindíssimo, elegante e sofisticado, faustosamente inaugurado em 1959, projectado por Pardal Monteiro e que tem espalhadas dezenhas de obras maravilhosas de Lagoa Henriques, Almada Negreiros, ou Sara Afonso. Não se pode perder, pois não?
Por isso mesmo, tive a lata de enviar um mail pessoal a pedir uma autorização especial para lá ir desenhar sózinha o Lounge Almada Negreiros. E a resposta foi SIM. Fiz estes desenhos. E continuo sem saber se posso ir amanhã.
No Aquário com os Foto & Sketchers 2''
Contudo, no Aquário Vasco da Gama é impossível não sentir um certo desconforto. O tanque das otárias e o tanque das tartarugas, têm - pelo menos à vista - apenas um único exemplar o que, convenhamos, é muito triste. A foca ainda parece divertir-se no seu constante rodopio, mas a pobre tartaruga, enfiada num bidé verde numa sala soturna e sombria, tem um ar francamente deprimido! Não está certo, caramba!
Fora este à parte, foi divertido! São activos, estes FotoSKetchers :-)
Teria sido assim em Udaipur?
Chega a esta altura do ano e começo a entrar num certo frenesim, uma espécie de sindrome de abstinência de viajar. Ponho-me a pensar nas viagens que hão-de vir, mas também naquelas que mais gostei, quando ainda não tentava desenhar e fico com um a pena inexplicável de não ter nenhum registo. Penso como teria feito se fosse hoje, o que teria escolhido, que dificuldades teria sentido, o que me daria mais gozo...Estou desejosa de partir mais uma vez, agora sim, cheia de cadernos, canetas, aguarelas velhas e novas, e a esperança de um dia fazer desenhos bons. Hoje lembrei-me de Udaipur, no Rajastão, tão fotogénica e graficogénica. E se eu já desenhasse, teria sido assim, em Udaipur?
Há beleza num viaduto!
Passei hoje na rua da Cintura do Porto de Lisboa, debaixo do viaduto da Infante Santo, num momento em que a chuva parou e houve um bocadinho de sol. O viaduto ficou lindo, brilhante e colorido.Não resisti, e pus os 4 piscas...
Experiências rápidas com aguarelas novas
As minhas primeiras - e únicas - aguarelas são VanGogh e gosto muito delas. Ontem "ganhei" uma caixinha de 6 pastilhas Sennelier e não resisti ir experimentá- las assim que saí da loja, logo ao virar da esquina. Realmente são diferentes: mais oleosas, mais acetinadas, espalham-se de maneira diferente. E pronto...acho que já arranjei mais uma coisa para gastar dinheiro!
Não há estendal que aguente
Não há estendal que aguente 18 kg de roupa molhada num dia cinzento e húmido.
30 minutos, 3 euros, um desenho e uma fotografia depois, tudo está resolvido! Parece-me bem!
30 minutos, 3 euros, um desenho e uma fotografia depois, tudo está resolvido! Parece-me bem!
Pequenos almoços
Há quem faça disto uma rotina diária: tomar o pequeno almoço em centros comerciais!
É escuro, abafado e tem o cheiro retardado de gente de véspera. O sol não entrou por ali dentro a lavar o dia de ontem e o excesso de ambientadores torna o ar denso e pesado.
São grandes espaços onde o prazer do anonimato - que se tem num aeroporto, num comboio, num hotel, ou mesmo dentro dum carro em parte incerta - falece à partida com a proximidade provável de alguém que se conhece, da vizinha do terceiro, do colega de escritório, da menina da caixa, ou do senhor lá do banco. Como se não bastasse, passam reality shows acéfalos em plasmas pendurados como frutos numa árvore que, mesmo sem som, hipnotizam os olhares.
Ainda assim, há quem goste.
Mas cada um sabe de si :)
"Todos em curto-circuito" -Workshop USKP no Museu da Electricidade
Um encontro muito animado, a correr de formadores em formadores, e mesmo assim só consegui fazer 5 wokshop dos 6 que havia para fazer! Os resultados podem não ser famosos, mas foram divertidos de fazer!
1. Rita Caré e Pedro Loureiro- Desenho Cego, de olhos bem abertos
2.Pedro Alves e André Duarte Batista - Linha e mancha em alternância
3.Jeanne Waltz e Francisco - Simplificar espaços complicados
4.Vicente Sardinha (linha e sombra a p e b) e José Barreiros (com laranja e azul)
5.Luís Frasco e filipe Almeida - Sombra e Luz
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