Estive no cimo do Parque Eduardo VII não mais do que 20 minutos, e foram inúmeras as vezes que aquele espaço se encheu de gente - que ali permaneceu não mais do que 3 minutos - para logo ficar vazio, de novo encher, de novo vazar, encher, vazar, encher, vazar. Um rodopio. Um frenesim. Camionetes de velhotes ingleses. Camionetes de chineses. Videos, selfies, clic. Já está. E siga, para outro ponto da cidade. Rápido! É o turismo da pressa, do lufa-lufa, do cartão de memória cheio. E o prazer de deambular? De se perder nas cidades, de se encantar, de deixar que a sua essência se entranhe em nós, a pouco e pouco? Pensei no livro que guardo religiosamente ilustrado pelo Mário Linhares. Imaginei que, se Pessoa aqui estivesse, poderia escrever outro. Não "O que o turista deve ver ", mas "O que o turista deve ser". Porque assim não é de certeza!
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